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Como funciona o Ciclo de Aprendizagem Vivencial?

A aprendizagem experiencial é um novo jeito de ensinar, já que não se baseia em conceitos teóricos. Em vez disso, ela utiliza a vivência para consolidar as novas informações.

Para que isso seja possível é necessário que haja a execução do ciclo de aprendizagem vivencial. Dividido em cinco etapas, ele garante que o processo aconteça de maneira estruturada e benéfica para os seus propósitos.

Entender como ele funciona, portanto, é uma forma de mergulhar nesse universo de educação experiencial. Sendo assim, veja a seguir quais são as etapas e como elas funcionam.

Vivência da experiência

A primeira fase do ciclo é a vivência de uma determinada atividade. Para isso, normalmente são feitas simulações que se relacionem à realidade profissional.

As possibilidades são variadas, mas as mais comuns incluem:

  • Criação e/ou lançamento de novos produtos e protótipos;
  • Desenvolvimento de estratégias, como de marketing ou de vendas;
  • Elaboração e participação em negociações;
  • Resolução de problemas gerenciais ou estratégicos;
  • Tomada de decisão e escolha entre situações semelhantes e assim por diante.

As atividades podem ser construtivas ou focar na repetição de um padrão, mas é fundamental que os colaboradores possam agir.

Por causa disso, não ocorre uma grande interferência por parte do facilitador. Há, apenas, a definição das regras e dos critérios que serão utilizados, além do fornecimento básico de informações.

Normalmente em grupos, os colaboradores devem buscar os melhores caminhos e saídas para resolver os problemas aos quais foram apresentados. Com isso, beneficia-se o esforço colaborativo e, principalmente, a capacidade de agir, o que é tão importante na educação experiencial.

Relato sobre o processo

Uma vez que a atividade seja concluída, o próximo passo do ciclo de aprendizagem vivencial é o relato. Esse momento é crucial porque serve para conhecer a percepção das pessoas sobre a vivência, quais foram os seus desafios e o que precisa ser melhorado.

Porém, o facilitador precisará utilizar técnicas adequadas para conseguir respostas sinceras, já que há uma tendência de racionalizar emoções. Recorrer a elementos gráficos, cores e métodos indiretamente descritivos permite um relato mais adequado sobre o tema.

Essa parte do aprendizado experimental pode ser feita em grupo ou individualmente. A intenção é reconhecer o que, de fato, ocorreu. Para tanto, é preciso analisar quais foram os efeitos tanto na questão de conhecimento quanto na parte emocional.

Vivências muito competitivas ou que exigem maior intensidade dos participantes, por exemplo, requerem maior cuidado com o relato.

Feito a partir de um ambiente controlado, esse elemento ajuda a dar prosseguimento ao ciclo, de modo que sejam reconhecidos os principais obstáculos e pontos que necessitam de maior atenção.

Processamento e análise do ocorrido

Porém, o relato da aprendizagem experiencial tem o objetivo, apenas, de reportar o que aconteceu. Ainda não é um momento de análise, pois isso só deve acontecer no processamento, que é a etapa seguinte desse processo.

A ideia desse procedimento é reconhecer quais equipes tiveram bom desempenho e quais fracassaram e quais são os motivos relacionados a cada comportamento. Abre-se, portanto, uma discussão controlada e favorecida pelo facilitador, de forma a conhecer quais são os pontos relevantes.

A questão não é buscar culpados ou apontar responsabilidades, mas, sim, procurar aprender com o que aconteceu. Nesse momento, os grupos e subgrupos — como aqueles divididos por suas emoções do relato — debatem sobre o resultado da experiência.

Fazer um brainstorming, por exemplo, é uma maneira de identificar as principais características dos resultados. Feedbacks e questionários individuais também são válidos e complementam a discussão.

Dependendo da atividade, ela poderá ser iniciada mesmo sem que o facilitador aja para tanto. O importante é que tudo aconteça de maneira estruturada e documentada, de modo que a aprendizagem vivencial ganhe forma.

Generalização de fatos

Porém, a vivência deve se transformar em um conhecimento prático e que possa ser utilizado de um jeito adequado. Sendo assim, é realizada uma generalização de fatos.

O principal objetivo é reconhecer padrões de atuação e identificar os principais pontos que levaram a um determinado resultado ou a outro. Ao dissecar a vivência e entender, exatamente, o que e como aconteceu, um comportamento positivo poderá ser repetido no futuro.

Ao mesmo tempo, esse é um elemento que precisa ter a ver com o trabalho, na prática. Por isso, uma das ferramentas consiste em fazer analogias entre a atividade e o que, de fato, acontece na execução das responsabilidades.

Imagine que a vivência se baseou no desenvolvimento de uma campanha de marketing para um produto fictício. A parte de generalização deve fazer analogia com a realidade da empresa, de modo que o grupo entenda o que poderia ser feito no cotidiano.

Discussões livres também são bem-vindas, permitindo a troca de percepções e o refinamento em relação à experiência.

Essa etapa, portanto, ajuda a consolidar os conhecimentos aos quais os colaboradores foram expostos, melhorando a capacidade técnica e de atuação.

Aplicação dos conceitos

O aprendizado experimental culmina, necessariamente, no uso dos conceitos trabalhados ao longo de todo o ciclo. Se a ideia é que esses elementos sirvam para o desenvolvimento das atividades, nada mais justo do que realizar a aplicação dos conceitos.

Esse é um passo que exige cuidado, já que o ideal é que haja o total aproveitamento dos conhecimentos trabalhados ao longo do ciclo. Para isso, o grupo deve reconhecer o que precisa ser modificado na atuação organizacional, assim como o que será melhorado ou inserido.

A ideia é criar uma base de conhecimento prático e relevante, inclusive obtida de maneira empírica. Assim, os conceitos são fixados conforme o esperado, garantindo que toda a experiência seja produtiva.

Nesse momento, dois elementos são especialmente importantes. Um deles é a definição de metas ligadas ao autodesenvolvimento a partir do conhecimento. O outro é a criação de um plano de atuação e de mudanças, caso necessário, de forma a aplicar os conhecimentos e conceitos adquiridos em todo esse processo.

Para entender melhor sobre todo esse tema, vale a pena baixar, gratuitamente, o e-book “Aprendizagem Experiencial”. Por meio dos conhecimentos dele, ficará mais fácil colocar o ciclo em prática e se beneficiar dele em vários sentidos.

O ciclo de aprendizagem vivencial tem etapas bem definidas que garantem sua estruturação e favorecem a sua efetividade. Ao realizar esses passos conforme o esperado, é possível conseguir equipes muito mais preparadas e adequadas para a obtenção de resultados.

Tem alguma dúvida remanescente sobre o tema? Conte nos comentários!

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