Aprendizagem Experiencial: tudo o que você precisa saber

Um estudo publicado em 2006 revelou que as pessoas lembram-se de apenas 20% do que leem e 10% do que ouvem. Em contrapartida, elas se lembram de 80% do que veem ou do que fazem. Com isso, não é de se estranhar que o aprendizado tradicional, baseado na memorização, apresente cada vez mais desafios de eficácia e aderência.

Para contornar isso, surge a aprendizagem experiencial. Colocando a prática em um novo patamar, essa é uma forma colaborativa e eficiente de aprender em diferentes ambientes. Nesse artigo, você vai conhecer tudo o que precisa saber sobre essa aprendizagem. Continue lendo e veja mais.

O que é a aprendizagem experiencial?

A aprendizagem experiencial consiste em um método de aprendizagem que se baseia na aquisição empírica do conhecimento. Isso significa que em vez de passar por um processo de ensino e memorização, o indivíduo aprende ao vivenciar a experiência e ao reagir às diferentes nuances de uma situação.

Dentro de uma empresa, por exemplo, é possível aprender sobre a resolução de determinado impedimento de venda na prática. Para isso, no aprendizado experiencial o vendedor é colocado na situação e, após sua vivência, é capaz de adquirir o conhecimento necessário para resolver aquele conflito.

Devido a essa característica prática, a aprendizagem experiencial não tem um professor ou um mentor, mas, sim, um facilitador do processo. Essa pessoa é responsável por oferecer e propor as atividades que gerem o conhecimento desejado.

Quais são as etapas da aprendizagem experiencial?

Enquanto a aprendizagem tradicional é muito focada na parte prática e estruturada do conceito a ser ensinado, a aprendizagem experiencial é fortemente focada na prática.

Assim, a primeira etapa consiste na vivência da experiência de maneira completa, de modo que as atividades educadoras propostas reflitam tanto quanto possível a realidade da situação a ser encarada. Simulações, testes ou mesmo vivências controladas são possibilidades nesse momento.

Depois que a atividade é desenvolvida, deve haver uma reflexão sobre a prática. O que foi aprendido nessa situação? O que é mais importante? Quais os sentimentos gerados pela experiência? O que pode ser feito diferente? Essa reflexão pode ser feita individual ou coletivamente e com esse pensamento crítico o aprendizado começa a ser fixado.

Em seguida, é feita a generalização. Com base na experiência vivida, são tiradas conclusões que se apliquem às demais situações por meio de comparações ou equiparações. É essa etapa que permite que o conhecimento seja repetido e escalável em diferentes situações.

Por fim, há a aplicação do que foi aprendido na prática. Podem ser realizadas novas atividades para aplicação de conceitos ou o aprendizado pode ser colocado em prática em situações cotidianas. Se todo o processo for feito da maneira correta, o resultado é que o que foi aprendido gera resultados benéficos dentro de situações reais.

Quais as vantagens da aprendizagem experiencial?

Uma das maiores vantagens da aprendizagem experiencial é a rapidez de todo o processo. A transmissão de conhecimento leva tempo e a memorização também, o que torna o processo demorado e, muitas vezes, pouco efetivo. Com esse tipo de abordagem, por outro lado, o tempo entre a vivência de uma experiência e sua aplicação diminui consideravelmente.

Assim, em ambientes altamente dinâmicos esse tipo de aprendizagem é de grande auxílio, permitindo a aquisição de conhecimento de maneira mais simples. Esse tipo de abordagem também aumenta o engajamento e a motivação. Por ser prático, os indivíduos têm muito mais agência sobre todo o processo, podendo agir e aprender com suas atitudes. Isso resolve o problema do aprendizado tradicional, que normalmente é feito em via de mão única, com o professor ensinando a teoria para os alunos.

Além disso, a aprendizagem experiencial também permite a personalização do ensino para diferentes necessidades, além de facilitar o processo de avaliação sobre a aderência e aquisição de conhecimento.

A aprendizagem experiencial é a forma de aprender na prática, por meio da experiência e de situações vividas. Essa metodologia é totalmente oposta ao aprendizado tradicional baseado na teoria e sua memorização e, por isso, é mais rápido, gera mais engajamento e, de certa maneira, também é mais efetivo.

Ricardo A. M. Barbosa é diretor executivo da Innovia Training & Consulting, professor de programas de pós-graduação em conceituadas instituições de ensino, Consultor em Gestão de Projetos há 15 anos e já atuou como executivo em grandes empresas como Ernst & Young Consulting; Wurth do Brasil; Unibanco; Daimler Chrysler.

Ainda tem alguma dúvida sobre essa aprendizagem? Comente e participe.

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